A noite
E a tempestade,
Que se instala
A todo o deitar.
Voltas e revoltas
Na ansiedade.
No querer fechar portas
No respirar
A noite
De turbulência,
Está para ficar
Olho alerta
Imóvel
Pequena residência
Falta o ar
Um torneira aberta
A noite
De tanto medo
De tanta vontade
Para esquecer
Transpiração
Sem vento
Sem idade
Quero morrer
in Nocturnos, de Rui E. Horta
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