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A mostrar mensagens de 2012

infantil natal...

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um dia a lua vai estar aqui ao alcance de um olhar ao toque de um segredo... um dia vou plantar doces... ao sabor de um sorriso de maracujá, um palavra de açúcar ao sabor de um limão um adeus...

tecto voador...

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a minha casa não tem portas nem janelas mas um tecto que voa...
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Sombra da noite vem de manso. Nos sonhos. Nos medos Bebo o que a solidão permite. Veneno para dormir. Esquecer que o dia aí vem. Subo bem alto. quero ver o sol morrer um dia. Choro nos primeiros raios. Sem força para mais um tempo, acobardo-me no desenrolar de um rio, que não pára o seu sentido.

não sei se partes...

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escuro translucido bebo-te de seguida  e a noite parte...  num prenuncio  tenho a vida como arte... vazio de tudo a que voto a vontade cheio de pouco a que não tenho idade sinto o teu sabor na lâmina de um copo vazio gela-me a alma  com a acidez da tua partida fica... preciso de te sentir ausente.
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Vejo o passado morto e o presente a debater-se... Vejo um copo que se enche de ânimo. A partilha da ilusão no grupo da solidão. Vejo que nada me prende e não saio desta clausura. aprisiona-me à tua liberdade... Vejo o futuro a nascer.
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Vagueiam em mim, pensamentos maus. Amordaço-os. Até quando? Vagueiam em mim, intenções sãs. Reprimo-as. Para depois... Deambulam vozes... no silêncio das redes.
Manchamos a nossa passagem. Entre outras manchas… Escondemos a vergonha que temos com o silêncio. E no fundo ganhamos outra mancha… (escrito após a leitura do livro de Philip Roth “A Mancha Humana”)
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a porta da minha rua, por aqui começa aquilo que queremos...

Pausa para... continuar na...

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Um café, uma pausa, no momento que agora vivo... Uma formiga, que passa, traz preocupação no trilho... Continuar? E a formiga seguiu com o meu grão de açúcar...

Deixas um sopro de sol a nascer...

Um segredo, uma recordação... tempo a sorrir. Olhar que deixas quando vais. Luas que passam, noites longas. E o dia não chega onde te quero ver.

Para todo o tempo...

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A cor da tua pele suada Desejo de marear no teu peito. Ancoras-te nas minhas entranhas E balouças o teu corpo ao dormir do sol.

Estátua do tempo...

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Transporto o tempo imóvel! Pesar pela perda de uma palavra... Muda. Guardo-te numa dobra de papel, folha branca, alva... Absurda. Transporto o som da partida! Ansiedade, pela solidão que não chega... Hora que fia, hora fugida. saudade...
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"Estamos a criar uma nova ditadura, a do silêncio: vivemos com medo e, por causa do medo, não chegamos a viver." Anatomia dos Mártires , p.94. TORDO, João. D.Quixote, Lisboa, 2011 19 de Maio, aniversário da morte de Catarina Eufémia. Desde muito pequeno que a imagem de coragem desta mulher foi para mim um grande exemplo. Por lutar junto dos homens, por defender o que achava justo, por querer dar comida aos seus filhos, por pretender que todos nós vivessemos sem medo... Na altura, quuando soube a historia desta mulher, imaginava-a forte e destemida. Ia à luta. Não vassilava quando o importante era lutar pelos seus filhos, quando o importante era lutar por si e por todos os que trabalhavam. Hoje com tudo o que vai acontecendo em Portugal, gostava que todos nós tivessemos um pouco a coragem da Catarina. Era importante, para não vivermos na ditaura do silêncio que temos vindo a alimentar.

segredos de silêncio...

Incomoda-me o silêncio das arvores, os segredos a correrem as calçadas. O olhar mudo a cavar fundo, as palavras traçadas. Incomoda-me o que dizes, Quando calas os gestos e viajas nos ecos, não regressas… Incomoda-me a tua partida, sem pressas… Incomoda-me que fiques…

Na ponta de uma corda...

Braços que pendem no desalento da escuridão, tenho as mágoas na ponta de uma corda. Preciso delas, preciso de lhes dizer não... Quando me atormentam, quando me deixam a vida torta. Caminho errante, caminho seguro. Braços à toa contra o vento suão. Tenho a alma presa num papagaio que voa...

dia do pai... dia mundial da poesia...

- Prometes que vais dar-me sempre um abraço?, perguntei num final de um jogo de basket. - claro que sim..., respondeu de olhar vivo e riso solarengo. Ganhei o meu presente de dia do pai, murmurei. Escrevi na passagem do oitavo ano do meu filho, o meu abraço cada vez está mais pequeno cada ano. Sem pensar que o abraço do francisco está cada vez maior. Senti protecção. Encostei-me no peito do meu filho e fui novamente criança ... esquecemos tanta coisa e sonhamos outras tantas... obrigado filhos pela infancia que envolvem em mim...

dia dos namorados...

paixão é sentir que nos falta o ar quando não estamos juntos... paixão é imaginar o quanto solitário é não estarmos no mesmo caminho a percorrer... temos de estar em paixão... só assim podemos sorrir com o traço que fazemos no céu, ao sublinhar o nome por quem estamos hoje de paixão eterna...

trigo por ceifar...

Fecho-me neste corpo que é a minha cidade. Fria… As histórias atropelam-se na minha memória que se confunde com o voo do tempo. Imutável… Desde que o por do sol é visto no espelho do quarto. Aguardo… Por nada que me aconteça que não seja acabar Sinto… O inicio do fim como infinito. Imolo os pensamentos do futuro E aquieto-me no desespero. Palavras recolhidas após uma entrevista a uma idosa acamada há mais de dez anos. E após mais uns quantos idosos encontrados, sem vida, nas suas casas, elas também sem vida, no inicio deste ano. Confunde-se solidão com isolamento. Confunde-se uma sociedade generosa com uma sociedade cheia de hipocrisia. Ao ver esta entrevista lembro-me de um poema da Sophia de Mello Breyner Andersen, in Alentejo não tem Sombra, Antologia de Poesia Moderna sobre o Alentejo. Ed ASA Cortaram os trigos. Agora A minha solidão vê-se melhor

Todos os dias navegamos...

Mar imenso este que navegamos, Perigos tamanhos que se cruzam. Sofremos. Antecipamos. E tudo acontece. Tragados pela noite morremos. E voltamos a nascer Assim que amanhece. Preparados para novo corcodilo. Recolhi estas palavras após a leitura do livro “No mar há crocodilos ”, Fábio Geda , Ed Objectiva. Muito bom. Grande coragem e vontade de ser feliz com tão pouco.

olhar de passagem...

Olhos nos olhos, É como te sinto… Esquiva nas palavras Inocente no fugir. Olhos nos olhos, É como te ouço… Murmuras quando passas Provocante no ir Olhos nos olhos...