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A mostrar mensagens de 2014
Passas pelos meus pensamentos e o perfume deixado inebria Louco de vontade abandono-me em ti, nas tuas mãos, nos teus desejos presos. Está frio. Abraças-me no abotoar do casaco E escondes as palavras que não dizes nos bolsos.

Teatro do silêncio - faz que pensar

Num silêncio, pensamos que afinal o que queremos é o que somos. E não o que pretendemos ser no sonho de toda a vida. Fez-me pensar. Tanta ausência de palavras, tanta lucidez no falar mudo.
Desespero...      não sou assim      incontrolável sede de vazio      indomável liberdade presa Angustio...      na hora futura perdida      olhar perdido sobre a mesa      não quero isto Tristeza...      não atinjo nada      nada vejo      alguém que chega Revolta...      mundo indiferente      terra passiva      amordaço as palavras Morte...      num charco      sinto ausência Vida...      traço no peito      riso na alma
Sentir o quê? Que sou livre? Não sou. Preso ao passado de um futuro que se afasta. Ouvir o quê? Que sou forte? Não sinto. Fraquejo nos momentos que quero ser feliz. Olhar o quê? O que posso alcançar? Dificil de ver. Tudo está longe. Levanto a cabeça e o horizonte afasta-se. O fim não existe e sinto-me tão perto, que oiço o meu cair. Vejo nada de mim

No todo, somos…

desencanto de nós, dos outros,  disto e aquilo. aceitação do tempo que nos percorre rejeição não aceite. somos assim… frágeis, inconstantes, sonhadores, realistas… enfim,  somos nós.
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Na memória de um fio chegas de um vazio, gravado no peito. Nascem tempos perdidos, morrem sonhos esquecidos.