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A mostrar mensagens de 2011

Centenário Nascimento Alves Redol...

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http://www.alvesredol.com/obra.htm descubram as palavras que foram escritas por Alves Redol. Os sonhos de constantino que aprendemos a ler na escola. a liberdade que ganhámos pelo que foi dito em tantas palavras encontradas. muito bom reler os seus livros.

Apaguem-me...

Esqueçam que eu existo, Esqueçam que me conhecem. É necessário que assim seja… Apaguem-me do vosso coração Da vossa memória Da vossa saudade. Preciso disso para nascer Preciso disto para morrer, Saber que não existo Que não existi. Esqueçam os meus gestos, Esqueçam as minhas palavras. É necessário que assim seja… Para que parta sem destino Para que regresse sem ansiedade. Um dia que não se lembrem de mim. Esqueçam-me de vez, Esqueçam-me para sempre. É necessário que assim seja…

deambular...

... navego por entre letras e palavras... navego por entre silencios e ecos... aguas turvas que nos acalmam a revolta... levanta-se uma gaivota... leva consigo a paz da praia... voa nas nuvens como o vento na espuma das ondas... um som num buzio surdo... um som numa rede que é puxada... sonhos trazidos para a beira-mar... navego no mar que nos separa... caminho na linha de mar do que nos une... sinto a tua vontade na areia que trago para casa... sentes o meu desejo no sal que levas no cabelo... navego no teu corpo... navego no silencio de te ter...

Travessia...

Putas mágoas que me entristecem na vida dercorrida... Mágoas que desaguam no teu corpo que vem... no final de mais uma ancoragem na margem que dança. lanço um tempo de paragem  e aguardo mais uma saída... mágoas que ficam, na alegria recolhida, saudade de partida.

Regresso...

Sem intimidade no ínfimo som, o teu olhar fugia o teu corpo se escondia, triste. não se reflectem no espelho os sonhos... a luz, não descobre os segredos. ris-te... eco do riso na água escoada.

vagueio...

uma rua povoada de sombras que acompanham a solidão alma nua de botas rombas caminha na ilusão presas no tempo as estrelas voam gritos presas no tempo as pedras escutam murmurios é noite no interior de todos os dias... (em novembro no La sombra de la palabra escrevi mais este devaneio)

companhias...

Cornucópia de vida e os amigos rodopiam, no centro de nós. sempre aqui no caminho que tomamos. não estamos sós... sentimos. (Junho de 2011 para o Ricardo e Marta)

Aqui vou...

Agora parto em busca de ti Depois de ter encontrado o que sou. Somos um caminho em direcção de nada E chegámos aqui. Solto-me no teu corpo e descanso Amo-te… Amo-te… Nasce o sol no futuro.

E ...

Sufoco... neste mar... neste tempo... acordo... grito por mim, por nós... ninguém nos ouve... ninguém nos olha... e a revolta é domada. porquê? deixamos? suportamos? não!!! quero sair e amarro-me na hora do tempo que crio... mais uma pedra no bolso. mais uma subida no peito.

hoje sou assim...

… a chegada do Outono foi a data do meu inicio de vida há alguns anos atrás, mais propriamente quarenta e seis. De entre a alegria de chegada e as preocupações de como seria, por parte da minha mãe, as perspectivas não eram más, vistas por mim a esta distância temporal acredito que seriam muito boas. Sei, hoje, que foram tempos muito difíceis aqueles. Sei igualmente que existiam muitos medos para o futuro (medos que vão permanecer até que o futuro possa ser lido e alterado). Mas ao olhar para o que aconteceu fico satisfeito pelos caminhos que tomei, em alguns fui ajudado a escolher o melhor troço, e pelas paragens que fiz para nova caminhada. É assim que eu entendo que deve ser feito a caminhada da vida. Existe arrependimento? Pergunto-me tantas vezes nesta altura de fim de verão, claro que sim, respondo outras tantas. Muitas coisas teria alterado muitas decisões teria tomado. E quem não alterava se pudesse? Não tenho, é verdade, situações de grande arrependimento, provocadores de insó

Viagem no porto de partida...

Assim que eu partir corre para os meus braços. Vou estar aí quando quiseres... Cruza os teus dedos na minha nuca e sente o meu suspiro. Um dia não chego, mas não vais sentir... há muito que me ancorei no teu peito.

Encontro...

Antes. Depois, ausência de nós... Retorno, somos um, dois. voltamos ao sol no seu pôr.
Olhamos tudo e nada vemos!! Rápido cruzar de vida, sem parar... ... e sentir o mundo pensar.
...e fizeste-me rei da tua vida. Não tinha a morte por companheira, mas sim desencanto. coroaste-me... coroei-te... e a vida entre nós reinou. (escrito por mim, em 2004, após a leitura de A Morte do Rei Tsongor, livro magnifico escrito por Laurent Gaudê)
Desencanto de nós, dos outros de isto e daquilo. Aceitação do tempo que nos percorre. Resolução da não aceitação da rejeição. Somos assim, frageis... inconstantes... sonhadores... realistas enfim, somos nós.
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diluída nos mais belos gestos da infancia, as luzes e a roda que gira dos prémios mais brilhantes. os choques de riso na pista e o mundo ao contrário nas mais loucas descidas ... deixamos as feiras no sonho sonhado em ombro dos pais... e a nuvem doce adormece as estrelas...
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Parti por aí na procura de alegria. Fico em muita terra e aprendo a felicidade. plano por tanto mar, esqueço de apontar o nome de todos os lugares. Paro. Sentado na secretária, em frente da minha janela para o mundo. retrato-me no azul revolto de liberdade.
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Abro a porta da loucura sinto a liberdade gritar! Inundo-me de paz... Cruzado por infinitos olhares, acusam-me. De insanidade De intemporal De perturbador. Alheio à passagem dos dias, aguardo... Por ti, por mim. Pelo que podemos fazer no eco longo de um grito a dois.
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...uma imagem que resta do nosso olhar, um olhar capturante de uma imagem. fechamos os olhos e nasce dentro de nós a alegria...

25 de Abril ... dia da liberdade, será?

25 de Abril de 1974 - Dia da Liberdade... Depois de 37 anos sinto que estamos mais presos ao silencio. Mais submissos a esta vida , a esta merda de vida, que nos impõem todos os dias... Ninguém impôs, dizem uns, ninguém obriga, dizem outros. Mas, todos somos direccionados para padrões, sem contestar, e aceitamos pela suposta doçura do bem estar que se instala na nossa casa, na nossa familia, na nossa vida e nos aprisiona. Antes existia uma revolta amordaçada hoje existe submissão voluntária. liberdade para quê? Nada podemos dizer com medo de tudo acontecer. liberdade como? Se o que dizemos é condicionado pela perda do que conseguimos e não queremos perder. Liberdade? Não... Sinto clausura entre nós todos... sinto silencio sem revolta.

Mês estranho...

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De muita corrida, muita zanga, connosco, com os outros... Paramos para recomeço de nada. Nada que não temos, nada que não queremos. Nada nos satisfaz... Paramos!! Atrás vem o que não vemos. Paramos!! À frente vai o que não queremos ver, aquilo que somos... Não paramos assim tantas vezes e o abismo fica suspenso...
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Riso do meu olhar, futuro do presente que tenho. Sinto a tristeza que levas, sinto a alegria que trazes. Tenho-te no meu peito e levas o meu coração... (escrito para a minha princesa azul)
Deixem-me sair, grito. Ninguém me ouve? Deixem-me sair já! Não quero estar aqui, não me identifico com o que se passa aqui. Deixem-me sair, grito novamente. Ninguém ligou ao meu grito. ninguém... Continuam de olhar fixo no orador. Grito uma vez mais e outra e outra. Perco a voz. Na sala continua tudo em silêncio, sem se mexerem, impenetráveis. Porque não me ouvem??? Porquê? Deixem-me sair... Por favor... Vagueio o olhar pela sala na procura de ajuda. Olho para mim... no meio de tantos... Olhar fixo no orador... Atento... Impenetrável...
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Vontade! Tenho fome de ti Tenho alegria por ti Tenho vontade de ti Tenho paz de ti Tenho paixao por ti Tenho serenidade de ti Tenho amor por ti Tenho-te Tens-me... ...letras escritas para as minhas mulheres...
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Vida escrita nas linhas do rosto, esperas o dia... igual a outros que passaram, nas mãos abertas. Partiram!! E aguardas a tua chegada... Pensamentos por companhia, passeias a solidão. Horizonte está mais perto e não tens medo. Sabes que é assim... viste que tem sido assim. No teu banco voador de todos os dias, aguardas.
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sempre a puxar... foi assim que cresci e assim vou cair na areia da praia. sempre a puxar... cansado de nada trazer, além de sonhos. sempre sempre nesta vida... que tanto gosto me dá. sempre sempre a puxar... a fome para alimentar. puxa puxa... que desta é que é. puxa puxa... sempre a puxar.
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Acordo no sabor da tua noite... vagueamos na certeza de nós. Doce corpo que cresce a dois. Sol nascente, em ti. No teu cuidar. Lavro desejo... acolhes a vontade, como chuva absorvida. Cheira a terra molhada, cheira a céu aberto. Manhã desfolhada despida de tempo.
passo por aí hoje... não esperes! gosto de sentir o teu pensar... o teu olhar. aguardo, ansiedade que chega... perfumas a noite, dormes em mim e parto... ao teu encontro.