Já não perdes a roupa pela sala, pelo quarto. Num rasto de desejo, quando chegas. Já não encontro vontade, espalhada na cama nos segredos do teu corpo quando ficas. Hoje somos silêncio. Amanhã? Não sei. Temo, por tudo o que trazes. Penso, em tudo o que fazes. Hoje somos silêncio. Amanhã? Não sei. Já não perdemos palavras, noite dentro. E são horas, pensamentos. Hoje somos silêncio Amanhã?
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Cry me a river Nesta noite e tantas outras, instala-se rebelião. Vivo na exaustão Cry me a river Mil pensamentos. Mais tormentos, histórias que se acumulam Cry me a river Nesta manhã dolorosa. Cidade nublosa, horas que atormentam Cry me a river Nos meus braços, pelo teu corpo. Doce abandono Cry me a river Na cama que pernoito, lençóis que agarro Nos sonhos que embaraço Dry me a river Na longa noite. Olhar profundo, voz sem fundo.
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Sou louco. Porque sou e porque quero. Olho no céu e vejo o tamanho de liberdade. Loucura que atravessa a minha noite. Parem de me enlouquecer. Não quero. Sou louco. Porque sempre assim fui. Silencioso. Atento. Livre dentro da minha cabeça. Louco louco. Assim consigo suportar tudo o que acontece. Parem. Já vos disse. Sou louco quando quero.
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a estúpida da gata só traz bichos, para junto da porta não basta ter a vida torta, agora até ouriços como não soubesse que tenho picos na casa, na alma, nos caminhos a estúpida da gata levou os ratos, eram companhia no escuro em que perduro. agora, silêncio profundo como se não soubesse o fundo da vida, da memória , de rastos a estúpida da gata apanha cobras e lagartos, que me atormentam e acompanham. no desespero, na ignorância de estar perto da distância de ficar quando parto a estúpida da gata não traz, o coração de quem partiu de quem desistiu e deixou a solidão que em mim se faz in Pensamentos, Rui E. Horta
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Dei-te um tiro, depois de teres dito que não querias mais nada comigo. A seguir? Recostei-me. E foi um vazio. Nada mais tinha do que uma profunda distância. Uma ausência de mim. Sim, de mim. Pois não sabia mais pelo que lutar. Quando não me querias, a ilusão existia ao lado. E a desilusão a minha linha infinita. Dei-te um tiro, depois de teres dito para ir embora. Como podia fazer sem te levar? Tinhas de vir também. No meu querer, no meu desejo. Por isso dei-te um tiro e recostei-me... Fumei um cigarro. Foi um tiro bem dado Precisava tanto de um cigarro... in Pensamentos, de Rui E. Horta
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No início de noite clara O teu corpo foi uma descoberta Estilhaços de uma vida Desconhecida Inquieta No início de noite clara O teu corpo é uma janela Abraços de maresia Envolvente Quente Uma brisa de intensa luz Clareia uma cama revolta Implodem segredos Morrem tormentos Num silêncio que volta Numa vida em contraluz No início de uma noite clara O teu corpo é o meu abrigo onde nada existe e de nada se desiste No início de uma noite clara O teu corpo é uma infinita vontade Onde me perco Onde te ganho
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Nada me inspira Por estes dias de vento Por este mar revolto Quem em mim habita São noites vazias Escuras, Frias Nada me inspira No silêncio do medo Nesta casa que sou eu Por vezes finita São dias cinza Os que tenho São horas melancólicas As que durmo Nestes dias Nada me inspira E tudo me atrofia As palavras Os tapetes em rodilha Nestes dias O que me inspira É o vazio O eco de olhar frio que chega e tudo aspira. in Nocturnos