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dia do pai... dia mundial da poesia...

- Prometes que vais dar-me sempre um abraço?, perguntei num final de um jogo de basket. - claro que sim..., respondeu de olhar vivo e riso solarengo. Ganhei o meu presente de dia do pai, murmurei. Escrevi na passagem do oitavo ano do meu filho, o meu abraço cada vez está mais pequeno cada ano. Sem pensar que o abraço do francisco está cada vez maior. Senti protecção. Encostei-me no peito do meu filho e fui novamente criança ... esquecemos tanta coisa e sonhamos outras tantas... obrigado filhos pela infancia que envolvem em mim...

dia dos namorados...

paixão é sentir que nos falta o ar quando não estamos juntos... paixão é imaginar o quanto solitário é não estarmos no mesmo caminho a percorrer... temos de estar em paixão... só assim podemos sorrir com o traço que fazemos no céu, ao sublinhar o nome por quem estamos hoje de paixão eterna...

trigo por ceifar...

Fecho-me neste corpo que é a minha cidade. Fria… As histórias atropelam-se na minha memória que se confunde com o voo do tempo. Imutável… Desde que o por do sol é visto no espelho do quarto. Aguardo… Por nada que me aconteça que não seja acabar Sinto… O inicio do fim como infinito. Imolo os pensamentos do futuro E aquieto-me no desespero. Palavras recolhidas após uma entrevista a uma idosa acamada há mais de dez anos. E após mais uns quantos idosos encontrados, sem vida, nas suas casas, elas também sem vida, no inicio deste ano. Confunde-se solidão com isolamento. Confunde-se uma sociedade generosa com uma sociedade cheia de hipocrisia. Ao ver esta entrevista lembro-me de um poema da Sophia de Mello Breyner Andersen, in Alentejo não tem Sombra, Antologia de Poesia Moderna sobre o Alentejo. Ed ASA Cortaram os trigos. Agora A minha solidão vê-se melhor

Todos os dias navegamos...

Mar imenso este que navegamos, Perigos tamanhos que se cruzam. Sofremos. Antecipamos. E tudo acontece. Tragados pela noite morremos. E voltamos a nascer Assim que amanhece. Preparados para novo corcodilo. Recolhi estas palavras após a leitura do livro “No mar há crocodilos ”, Fábio Geda , Ed Objectiva. Muito bom. Grande coragem e vontade de ser feliz com tão pouco.

olhar de passagem...

Olhos nos olhos, É como te sinto… Esquiva nas palavras Inocente no fugir. Olhos nos olhos, É como te ouço… Murmuras quando passas Provocante no ir Olhos nos olhos...

Centenário Nascimento Alves Redol...

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http://www.alvesredol.com/obra.htm descubram as palavras que foram escritas por Alves Redol. Os sonhos de constantino que aprendemos a ler na escola. a liberdade que ganhámos pelo que foi dito em tantas palavras encontradas. muito bom reler os seus livros.

Apaguem-me...

Esqueçam que eu existo, Esqueçam que me conhecem. É necessário que assim seja… Apaguem-me do vosso coração Da vossa memória Da vossa saudade. Preciso disso para nascer Preciso disto para morrer, Saber que não existo Que não existi. Esqueçam os meus gestos, Esqueçam as minhas palavras. É necessário que assim seja… Para que parta sem destino Para que regresse sem ansiedade. Um dia que não se lembrem de mim. Esqueçam-me de vez, Esqueçam-me para sempre. É necessário que assim seja…