Pensas que sou forte.
Não sou,
Por dentro estilhaços
Por fora cimento armado

Pensas que sou forte.
Gostava de ser,
Para aceitar ausência
Para esperar nascença

De um caminho interrompido
De uma casa destruída

Pensas que sou forte.
Mostro calma,
pela revolta
pela derrota

Pensas que sou forte.
Deixei de ser,
porque chegaste
porque tomaste

A rua que caminhava
A alma que ganhava

Hoje, sou fraco.
No teu silêncio,
no abraço que negas
no olhar que relevas

Hoje, sou fraco.
À distância,
da palavra surda
da frase aguda

in Nocturnos

Comentários

Mensagens populares deste blogue