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A mostrar mensagens de setembro, 2017
cansa-me conversa de nada frases finitas num… pois silêncio num… falamos depois quero palavras que rasguem                         de cima a baixo palavras que amarrem                         ao som de contrabaixo quero letras que são feridas                         e deixam marcas como cicatrizes                         e lembram futuras raízes decidi sua morte num ápice Ee escrevi na lápide, aqui jaz                         em paz conversa acabada vida plena de nada
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o último olhar num risco de mar desenhado esculpido palavra surda letra muda primeiro pensar num suave acordar denso imenso doce beijo assim te vejo
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gosto de paz e silêncio de pormenores que perturbem o olhar gosto de momentos  imagens por serem efémeros de cores fortes e brancos, e pretos, vincados gosto de rugas nas mãos e sorrisos tímidos           de olhares fixos e misteriosos gosto do pôr do sol por ser irrepetível           e do nascer pelo ciclo de vida imperdível gosto do mar           do azul do céu e traços desenhados pelo vento gosto do infinito e de tudo que finda           de uma boca linda e palavras que abraçam gosto de chorar por músicas que enlaçam           na cintura e num murmúrio dançam os sentidos          os gemidos gosto de silêncio na madrugada gosto da paz na hora passada
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A noite E a tempestade, Que se instala A todo o deitar. Voltas e revoltas Na ansiedade. No querer fechar portas No respirar A noite De turbulência, Está para ficar Olho alerta Imóvel Pequena residência Falta o ar Um torneira aberta A noite De tanto medo De tanta vontade Para esquecer Transpiração Sem vento Sem idade Quero morrer in Nocturnos, de Rui E. Horta