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A mostrar mensagens de maio, 2017
Nada me inspira Por estes dias de vento Por este mar revolto           Quem em mim habita São noites vazias           Escuras, Frias Nada me inspira No silêncio do medo Nesta casa que sou eu           Por vezes finita São dias cinza           Os que tenho São horas melancólicas           As que durmo Nestes dias Nada me inspira           E tudo me atrofia As palavras Os tapetes em rodilha Nestes dias O que me inspira           É o vazio O eco de olhar frio que chega e tudo aspira. in Nocturnos
Pensas que sou forte. Não sou, Por dentro estilhaços Por fora cimento armado Pensas que sou forte. Gostava de ser, Para aceitar ausência Para esperar nascença De um caminho interrompido De uma casa destruída Pensas que sou forte. Mostro calma, pela revolta pela derrota Pensas que sou forte. Deixei de ser, porque chegaste porque tomaste A rua que caminhava A alma que ganhava Hoje, sou fraco. No teu silêncio, no abraço que negas no olhar que relevas Hoje, sou fraco. À distância, da palavra surda da frase aguda in Nocturnos
Não entendo o que fazes não entendo porque não travas não entendo porque não pensas não entendo porque não gostas de estar comigo,                         connosco. Não entendo tantas coisas. E, isso, para mim é terrível. Não tenho medo, ou talvez tenha. E isso, também, não entendo. in Nocturnos
Acorda! Hoje, se possível... Ontem? dormiste e a vida passou. in Nocturnos